O ESTÔMAGO NÃO TEM CULPA

Tirando dúvidas com Drauzio Varella

Drauzio Atribuir o mau hálito a problemas estomacais,
como muitos fazem, está correto?
Ronaldo – Esse é outro conceito errado. Se analisarmos
fisiologicamente o problema, veremos que existem esfíncteres gastrintestinais que não permitem a passagem dos odores
estomacais para o meio externo. Esfíncteres são válvulas que
se fecham depois da passagem dos alimentos. Normalmente,
o mau hálito pode ser atribuído ao estômago apenas em duas
situações básicas: eructação gástrica, ou arroto, e refluxo gastroesofágico, quando há uma deficiência no funcionamento da
válvula que separa o esôfago do estômago.

Drauzio Uma vez, conversando com o Dr. Dario Birolini, um
médico de grande experiência em gastroenterologia, ouvi que,
entre os inúmeros pacientes que havia examinado com queixas
de halitose, nunca encontrou uma patologia de estômago que
justificasse o problema.
Ronaldo – Existe um estudo realizado na Universidade de Toronto,
no Canadá, bastante interessante. Os pesquisadores embrulharam
nos pés dos pacientes uma pasta com alho que era absorvido
pela pele, caía na corrente sangüínea e, algumas hora depois,
seu odor era eliminado pela boca. Com isso, eles estavam
tentando
provar que não vem do estômago o cheiro do alho que a pessoa
come, mas vem dos pulmões pelas vias aéreas. Conclusão:
a halitose por ingestão de alimentos voláteis, como alho e cebola,
não procede do estômago, mas sim dos pulmões. Após sua absorção,
eles caem na corrente sangüínea, participam da troca gasosa nos bronquíolos pulmonares e seu cheiro característico é exalado
pelas vias aéreas superiores.
Deve-se ainda considerar o fato de que os movimentos peristálticos
do aparelho digestivo não favorecem o retorno dos odores estomacais.

Drauzio Existem, porém, alguns casos de obstrução intestinal que podem provocar halitose, não é?
Ronaldo – A obstrução intestinal associada a causas sistêmicas, como neoplasias, prisão de ventre, falta de ingestão de líquidos, por exemplo, pode causar uma halitose um pouco diferente da halitose bucal produzida pela liberação de enxofre. Ela provoca um odor um pouco mais fétido, mas esses são casos raros que se enquadram naqueles 5% ou 10% das causas gerais do mau hálito.

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